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Plano da Oi define destino de recursos da venda de ativos

Por Rodrigo Carro

Do Rio


Entre os pontos que vêm sendo discutidos pela Oi com seus credores, dois serão incluídos forçosamente na nova versão do plano de recuperação judicial que a operadora planeja entregar até o fim de março, disse ao Valor uma fonte que acompanha as negociações. Além da conversão imediata de parte da dívida com os "bondholders" (detentores de títulos) em ações, o plano abordará a forma como serão usados os recursos provenientes de possíveis alienações de ativos não essenciais às operações da companhia, informou a fonte.


A ideia, segundo a fonte, seria destinar parte dos recursos ao caixa da tele e usar o restante para pagar credores. Procurada, a Oi optou por não comentar o assunto.


Com relação à conversão em ações de parte da dívida com os detentores de títulos, o plano de recuperação judicial apresentado pela Oi em setembro do ano passado prevê a emissão de títulos conversíveis em ações que seriam resgatadas pela companhia em até três anos, com o pagamento pela empresa de R$ 10 bilhões.


Caso não ocorra a quitação, os papéis seriam convertidos em ações, especifica o plano. Isso deixaria os credores com participação de 85% no capital da empresa. "Podem ser R$ 5 bilhões, R$ 6 bilhões ou R$ 7 bilhões", disse a fonte, referindo-se ao valor que poderia ser convertido imediatamente em participação acionária. Tanto o montante em dinheiro quanto o percentual de participação estão em discussão, disse a fonte.


Ontem, os bondholders capitaneados pelo banco de investimentos Moelis & Company (que apresentou um plano para a Oi em parceria com o bilionário egípcio Naguib Sawiris) informaram que apresentaram objeção ao plano de recuperação judicial divulgado pela Oi em setembro. Em nota à imprensa, o grupo esclareceu que a objeção está em conformidade "com as disposições aplicáveis da lei de recuperações judiciais".


Para os bondholders, o plano da Oi é de "natureza ilegal e abusiva", por conferir aos acionistas da operadora "favoritismo inapropriado" em detrimento de seus credores. Eles atacam "a inação da companhia em promover discussões com seus principais grupos credores e divulgar informações relevantes" relacionadas ao plano de recuperação. Além disso questionam a permissão dada no plano para alienação de ativos.


Especialista em recuperações judiciais, Guilherme Marcondes Machado, do escritório Marcondes Machado Advogados, disse que a objeção força a convocação da assembleia de credores.

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